Estas fazem-te bem ao fígado.
Hábil ataque na boca, ora firme ora contido, de espírito espigado e envolvente, uma "mousse" elegante de aromas florais de gerânios e rosas, fresca no paladar com nuances de frutos de polpa branca.
Um final longo e agradável, agora com muito menor agressividade, completado com um travo ácido e seco no final de boca.E despediu-se com um sorriso tonto, acenando com os dedos, rodopiou desajeitadamente e esbarrando, logo no primeiro passo, com o sofá que sempre lá esteve.
Um beijo apaixonado ou um copo de vinho? Digam de vossa justiça.
Li no outro dia um texto interessante sobre o papel do vinho sobre uma relação amorosa, desde a escolha, à prova e a bebe-lo.
Como a cerimónia do chá no Japão a escolha e a apreciação da cor, cheiro e sabor do néctar constitui um acto de entrega ao outro tão determinante como consumi-lo e partilhá-lo.
E recordei que marquei o final dum envolvimento de forma pouco inocente com a escolha da pior zurrapa da lista, ao jantar, no dia em que dei por terminada a entrega à relação e penúltima que estivemos juntos.
Isto não é nome de santo! Não é, não!
Hoje é dia de marchas, arraiais(quiça de porrada), fado, sardinha e ginja!
Entra na marcha e vem cantar,
No Santo António sê folgazão.
Lisboa vem para a rua dançar,
E comer sardinhas assadas no pão.
Faltando-me ainda fotografias que mostrem uma progressão cronológica da saga australiana, limpo o iphonio de algumas notas que escrevi durante a viagem de ida. Um sorriso impúdico solta-se quando relembro esta passagem "Excuse me, I think you are sitting on my headphones!"
A versatilidade do vinho é por demais conhecida, que servisse para "fazer" bolos isso desconhecia. Vem isto a propósito da referência ao uso de claras de ovo em castelo para conservar o Cabernet Sauvignon Ferngrove. Recomendo!
Raios parta!! Onde foi parar o iphonio?! Ah! Tás aí! Então toca lá umas músicas dos anos 90.