Textículo (*) s. m., texto ridículo; texto pequeno. (* não existe no dicionário)
10.8.09

Diz a teoria que sobrevivem os mais aptos.

 

Com certeza não foi a aptidão para descascar bananas que nos trouxe até aos dias de hoje.

 

 

 

O ridículo talvez. :O

 

 

 

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6.5.09

Anda para aí uma senhora, Olivia Judson de seu nome e autora do livro "Consultório Sexual da Dra. Tatiana para toda a Criação", a dizer que "O tamanho dos testículos dos machos é uma medida da promiscuidade das fêmeas da espécie. O gorila tem testículos pequeninos porque é muito pouco provável que uma fêmea copule com mais do que um macho durante o período fértil, já os chimpanzés têm testículos descomunais, porque as fêmeas são extremamente promíscuas."

Espero que não se enganem a traduzir esta senhora, não vá eu começar a ser perseguido por alguma turba de "bolitas pequenas".

E portanto também não venham cá bater à porta que eu não conto o segredo! :)

 

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27.3.09

Não trabalhasse eu na área que escolhi, gostaria de trabalhar em publicidade e porquê? Porque me permitiria ganhar a vida a inventar maneiras mais ou menos subtis de chamar porcos, desleixados, lentos, gordos, velhos, débeis, desorganizados e parvos a tudo quanto mexesse e a maltinha sorríria de ansiedade, está demostrado que qualquer cérebro racional dilui-se em contacto com tal toxicidade para sucumbir de seguida ao instinto possuidor. O mesmo cérebro primitivo que nos fez descer das árvores para povoar a Terra e enfrentar eras glaciares, fomes, pestes e mais desastres, ainda assim após milhares anos de evolução, não conseguiu juntar três neurónios para dizer "Agora chega!" ao reguila que "Quer! Mais! Agora!". Desengane-se quem pense que isto é uma coisa moderna, as últimas décadas apenas serviram para nos trazer de novo ao estado selvagem interrompido entre a doutrina do meio-termo, que Aristóteles deixou ao filho Nicómaco e o final dum jantar Eduardiano (aquele do parque por cima do Marquês, o sétimo), onde atingida a suficiência elegante tudo mais seria supérfluo.

 

Foram descobertas cavernas com milhões de machados de pedra, exponencialmente mais do que alguma vez os nossos antepassados necessitaram e os antropólogos acreditam que não foram usados como ferramentas mas sim como demonstração de elevado valor reprodutivo, o equivalente neolitico de um Ferrari ou de uns sapatos Jimmy Choo. A explosão de dopamina no cérebro caçador-recoletor levou os trogloditas a atacarem munidos dum pau e duas pedras tranquilos crocodilos com a intenção de os transformar em pares de botas, é a mesma explosão que nos nossos dias nos acaricia a alma quando cruzamos o olhar com algo que desejamos com urgência para depois se dissipar num qualquer remorso de luxúria. Esta irracional e incessante busca do consolo no consumo de "coisas", comida e entretenimento para além de estar a dar cabo do planeta, não nos tem posto mais felizes, pelo contrário tem fomentado o stress, obesidade e a insatisfação.

 

Nesta era considerada de exagerado consumo passamos também demasiado tempo a trabalhar para obter o suficiente que alimente o tal impulso possuidor, deixando cada vez menos tempo para outras necessidades reais, particularmente a família e os amigos. Nunca, ninguém, em tempo algum, antes de morrer desejou ter passado mais tempo a trabalhar ou nas compras, desejou sim, ter passado mais tempo com aqueles que ama.

 


 

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7.10.08

No debate entre criacionismo e evolução, a teoria evolutiva na forma como é apresentada, parece-me simplista. Tem servido, principalmente, para atirar pedras aos telhados da igreja católica, que os tem de vidro, são escassas as referências às criações de outros cultos. Instalou-se a desordem, temos cientistas especialistas em hérmetica e mística religiosa e clérigos doutos em indeterminismo e genética. O ego e a superioridade intelectual exalta-se. Pusesse-se uma claque de futebol e o Grémio Literário numa sala a discutir a superioridade da emoção dum golo marcado ao adversário contra um poema de Céline e o resultado não seria muito diferente desta disputa entre capangas da razão.

 

Ambas são demasiado cartesianas, de uma forma ligeira, fomos símios e evoluímos, ganhámos consciência, esta nova característica evidencia-nos e é a razão do nosso sucesso e controlo sobre o que nos rodeia. Simplista, porquê é improvável que o sucesso duma espécie seja o propósito único dum sistema dinâmico complexo, como é a natureza. Na Bíblia, "...multiplicai-vos e enchei a terra e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra". Visto deste ponto até não parecem tão distantes.

 

Suspeito que o nosso percurso evolutivo, desde descer das árvores; à descoberta do fogo e da agro-pecuária; da conservação de alimentos e cozedura e fermentação de bactérias; etc. não terá sido obra do acaso, teremos sido selecionados e condicionados numa competição botânica entre herbáceas(ervas, flores e arbustos) e lenhosas(árvores), com recurso a expedientes na beleza(rosas e tulipas); controlo(produção e pastos); intoxicação(marijuana e álcool) e mais outras tantas, em última análise, somos um instrumento de desflorestação, nesta guerra vegetal. É apenas uma teoria!

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