Textículo (*) s. m., texto ridículo; texto pequeno. (* não existe no dicionário)
3.3.10

Já aqui escrevi sobre esta banda, que aconselho vivamente, os Stonebones and Bad Spaghetti e volto à carga depois dum email que simpáticamente me enviaram, "Somos efectivamente a melhor e a pior, além de sermos também a única banda de Bluegrass portuguesa... a crescer desde 2009 :)".

 

 

Press Release

«Os Stonebones & Bad Spaghetti são a única banda de Bluegrass em Portugal. Nasceram no início de 2009, como consequência de algumas sessões de improviso em casa de Bryan Marovich, estudante americano que vivia em Portugal e entusiasta deste estilo de música - o Bluegrass. Cedo construiram um núcleo forte aos quais se juntam outros músicos em colaboração, enriquecendo ainda mais esta banda que é única no panorama nacional.
Com um conjunto de instrumentos acústicos procuram através da empatia entre os membros do grupo contruir um repertório de grandes êxitos da música tradicional americana oriunda do sul dos E.U.A.  O Bluegrass é caracterizado pela utilização de intrumentos acústicos, alguns deles com pouca representação entre nós como é o caso do Banjo de 5 cordas e o Dobro.  É um estilo de música com andamento rápido e com constante improviso, de raízes populares e influências diversas, desde o Folk Tradicional Irlandês ao Jazz e Blues. Neste estilo de música, o improviso é uma constante, sendo muito interessante seguir de perto o diálogo picado entre dois ou mais intrumentos que competindo entre si tornam a música um desafio ao virtuosismo e capacidade inventiva dos músicos.
Os Stonebones & Bad Spaghetti são conhecidos pela incrível energia da sua música, guiados pelo estilo forte e inconfundível do banjo e pela doce harmonia que é providenciada por toda a banda. O seu repertório é constituido por uma recolha de música americana, tendo por base o Bluegrass, Jazz dos anos 20 e 30, Blues, Música tradicional irlandesa, Vaudeville, Dixie, Country e clássicos de sempre.»
 

 

Repertório

«“Man of Constant Sorrow” (tradução: Homem em Constante Arrependimento) é uma canção folk tradicional Americana, cuja primeira versão foi gravada por Dick Burnett, um violinista parcialmente cego do estado do Kentucky. A canção foi gravada sob o título “Farewell Song”, tal como constava no songbook de Richard Burnett em 1913. Gravada e popularizada pelos Stanley Brothers, que a gravaram para a Columbia Records em 1951; foi também gravada por Bob Dylan em 1962. A canção aparece no filme O Brother, Where Are Thou? em que é tocada pelos Soggy Bottom Boys de George Clooney. Na verdade, a versão é de Dan Tyminski, Harley Allen e Pat Enright.
“In the Jailhouse Now” (tradução: Na Prisão) é uma canção do ínicio do século XX que era usada sobretudo em teatro de variedades, sobretudo em Vaudeville, um género que misturava desde o teatro de imitação ao burlesco, passando pelo “freak show”. Apareceu por volta de 1880 e era na época o principal entretenimento popular, talvez pela história caricata que conta: Ramblin’ Bob era famoso na sua e terra por fazer batota enquanto jogava às cartas. Num dia o seu famoso Bluff não correu bem e foi parar à prisão, juntamente com rapariga chamada Susie. Johnny Cash gravou uma versão desta música em 1962.
“Blue Moon of Kentucky" (tradução: Lua Azul do Kentucky) foi uma canção originalmente composta em 1946 para dançar música folk, por Bill Monroe e os The Blue Grass Boys. Desde então vários artistas gravaram versões desta música, entre os quais se destacam Elvis Presley e Paul McCartney.
“Orange Blossom Special” (não tem tradução) conta a história de um combóio de luxo de passageiros que viajava entre Nova Iorque e Miami, nos EUA. Foi escrita em 1938 para violino. É muitas vezes designada somente como “The Special”, uma vez que é considerada a canção popular tocada em violino mais famosa do século XX. Foi, aliás, nomeada como “hino nacional para o violinista”. Em 1965, Johnny Cash deu o nome da canção a um album seu. Enquanto que os grupos de bluegrass tendem, normalmente, a tocar esta música sem letra, Johnny Cash gravou-a com letra e substituiu o violino por duas harmónicas.
“Turkey in the Straw” (tradução: Perú no Espeto) é uma canção folk tradicional Americana muito conhecida datada do início do século XIX, tendo sido popularizada entre 1820 e 1840 por actores de teatro “blackface”. Este género teatral ficou conhecido porque os artistas pintavam a cara de preto (utilizando graxa) para representarem personagens afro-americanos.
“Dueling Banjos” (tradução: Banjos em Duelo) pertence ao filme “Deliverance”, um thriller de 1972, produzido e realizado por John Boorman. O filme é conhecido pela cena inicial que dá o mote para o resto do flme: no cenário rural, num posto de gasolina, um dos personagens principais toca esta música na sua guitarra, desafiando um rapaz mudo que se encontrava no local a acompanhá-lo com o banjo. A música ganhou o Grammy por Melhor Performance Instrumental de Música Country.»

 

 

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1.3.10

Os norte-americanos devem hoje acordar de monco caído depois da derrota na final de hóquei no gelo frente à selecção canadiana.

 

A lagartagem parece que anda a jogar melhor à bola. Parabéns!

 

Este domingo realizou-se uma prova de altíssimo gabarido, o "Grande Prémio de Moto-Cross dos Foros de Amora".

 

 

 

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18.2.10

J. Robert Oppenheimer descreve assim as reacções ao fruto do projecto Manhattan, a bomba atómica, depois da primeira explosão experimental.

 

 

«We knew the world would not be the same. A few people laughed... A few people cried... Most people were silent. I remembered the line from the Hindu scripture the Bhagavad Gita; Vishnu is trying to persuade the prince that he should do his duty, and to impress him takes on his multi-armed form, and says, "Now I am become death, the destroyer of worlds." I suppose we all thought that, one way or another.»

 

Talvez, apenas o mestre Alfred Hitchcock conseguiria fazer melhor.

 

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À trinta anos atrás o estado de Nova Iorque endividou-se até às orelhas e o estado federal eximiu-se de qualquer solidariedade monetária. «Desenrasquem-se!» e o state foi à bancarrota, 10 duros anos volvidos estava para lavar e durar.

 

 

Raptado daqui, «In the past weeks ministers from all EU members states gathered to discuss what should happen next. Proposals made by the plagued nation to cut its deficit have been scrutinized and were good enough only for a lukewarm welcome. Do not underestimate the sheer size of the task: Bringing back double digit deficit numbers to below 3%, which is the maximum allowed by official EU guidelines, is no small feat. When eyeing Greece’s Prime Minister Papandreou and other MP’s I would almost start thinking they don’t even want to take harsh measures. And that is probably correct: Protests -albeit unconvincing ones- pop up regularly, and steps that have a negative impact on the lives of citizens’ are rarely popular. The only thing that makes matters a lot easier is that they just don’t have any choice. Greece must cut, or it will eventually have to default, which is not an option within the Euro zone. A first step must be raising taxes. Not just by increasing percentages tied to the level of income, also by improving the tax system itself. As it now stands it is as transparent as a barrel of oil; and a duck and cover game makes many able to evade paying their taxes. Another sound step would be to increase pension age. Current retirement-age average lies around 58 years. The new aim will probably be set at 63 years. Compared to a country like the Netherlands -where a fixed 65-year pension age will probably become 67 by 2020- even that could be considered as too generous. As outlined earlier, it won’t be all up to Greece what happens next. A shared currency also means shared responsibilities and risks. So the question this week was: Will Brussels (i.e. Germany) subsidize Greece? The answer seems to be negative, which is very positive. We should be very unwilling to do that, indeed. Not just will it be unfair to those who have played the game by the rules, it might also set an example that relaxes stances towards a healthy financial balance. An argument that runs along the lines that ‘banks were bailed out, why not a nation’ is not very persuasive. The stakes are too high, all have known for a long time that mismanagement was fashionable and no politician will let Greece get away autonomously after it had happened.

 

The slippery slope argument of ‘not setting an example’ is hard to pin down as legitimate or not. After all, why should nations ruin their financial system just because they can get away with it? High burdens in the future and preventing to have to take unpopular decisions, maybe, but failure would be devastating. Perhaps -with Portugal, Spain, Italy and Ireland in tight spots- it is not so much making sure countries aren’t sickening their own economies any further with a subconscious feeling of getting away with it, but makings them aware that fiscal prudence must be strived for immediately, and in the long term as well. The name IMF (International Monetary Fund) is already echoing in the hallways. This Washington based institute has much experience when it comes to rigorous handling of financial problems and an image bolstered by the recent crisis. For a European country it would be seen as humiliation to ask the IMF for help, though what other choices are there? The alternative would be for the EU to set up its own equivalent of the IMF, but that would cost time and money, plus create bureaucracy, while the IMF is already set to go.  Besides, would it be any less humiliating? At this moment, taken on the whole, it is not a bad thing that the Euro went down a bit. Its value hovers just below $1,40, which is not worrisome. As the value drops, export becomes more rewarding and attractive, stimulating the economy. This must be prevented on a longer time scale, as a cheap Euro will make importing products more expensive and that could lead to more inflation.  Brussels will no doubt therefore closely monitor the PIIGS (Portugal, Ireland, Italy, Greece, Spain). Greece already got a new deadline of one more month to come up with a decent (read: better) plan. I have no idea how they intend to use their precious time. I would urge them not to label anything as taboo, while seriously considering letting in an outsider such as the IMF, which can bring along a more objective viewpoint, leading to long-term stability rather than short-term wishful thinking. After all, a debt of more than 100% of GDP does not exactly radiate a bright light. If Greece embraces neither IMF nor comes up with a satisfactory plan, then we might, for the very first time, need continental interference in national politics. The Eurocrats will love it.»

 

 

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20.1.10

Há uns dias, um forte sismo arrasou parte da capital e outras zonas do Haiti. Passadas poucas horas, os Estados Unidos já tinham no terreno equipas de ajuda e um porta-aviões a caminho. Pela mesma altura a UE, através dum porta-voz, emitia um comunicado de condulências pelo pessoal da ONU, vítima do abalo.

Passados poucos dias, não sobram, vozes "humanas" a apostrofar o soft-power americano, que tão bem  vindo foi em 2004, depois do tsunami na Ásia e demonstrava a nova forma como se deveriam comportar no futuro.

 


A malta já sabe que os ianques não são flor que se cheire, ainda assim demonizá-los de cada vez que se mexem, parece-me abusivo.

 

 

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