- Acho que sou um bon vivant e ela uma era um bom divã.
- Ou o contrário...
- Ou isso!
- Acho que sou um bon vivant e ela uma era um bom divã.
- Ou o contrário...
- Ou isso!
Numa reunião informal, num bar de hotel, com eventuais futuros parceiros, a conversa fluia num ritmo vivo. Em determinada altura é perguntado a um ex-pat inglês, a sua opinião de técnico sobre uma determinada solução para um problema, acerca do qual ele é um especialista, no meio da sua explicação, um rookie acabado de chegar de Lisboa, interrompe e refuta. E cria-se um certo clima.
Aí, a saudade que eu tinha, da falta de educação portuguesa. Contrapôr a opinião de alguém, pode ser muito arriscado, principalmente quando do outro lado se tem um especialista, ainda assim, cuidado. Muito cuidado. Interromper não é aceitável. Quantas vezes foi dito na escola "Quando um burro fala, os outros baixam as orelhas!", sei que estamos habituados a isso, na televisão, na política, no café, habituados à cacofonia geral. À argumentação interrompida. À falta de educação.
Resultado. O trabalho de mais de 30 pessoas quase deitado por terra. Foi enviado de volta, de modo a praticar o hábito que ensinámos à séculos aos ingleses, beber chá... [Adenda: hoje revi o protagonista desta história e pareceu-me mais evoluído! Ainda bem!]