Textículo (*) s. m., texto ridículo; texto pequeno. (* não existe no dicionário)
12.5.09

Honestamente, a boçalidade roça a vida nacional, porque esta está praticamente imóvel, vive o embaraço típico dum adolescente com a bigodaça centenária do pai, ou o look pouco cool da cota, na desonra de mostrarem à namorada as suas fotos de bébé com o orgão de fora. Porque afinal depende deles, baixa os olhos, cala a boca e sorri como só a Mona Lisa alguma vez o fez.

Seja na política, na economia ou no futebol, apenas para referir as mais visíveis nos últimos tempos e sendo mais evidente, de longe, na política todos os dias se assiste ao esticar até ao limite o cabresto da narrativa, dos assomos e da aparência. Uma vez arrecadada a verdade numa torre de marfim, logo se vai bater por ela em discussões cacofónicas, surdas até à última pinga de suor, carregadas até ao ponto de não retorno para cair desamparado de dignidade num curto vexame, porque a memória povo apenas quer recordar o animal a sangrar. Noutras paragens parecem tolerar este tipo de comportamentos, cá é norma, nesta imaturidade cultural, que até à algum tempo chamava de "país em estado selvagem", que agora reformulo num "jardim infantil" e ainda que as crianças sejam o melhor do mundo, está à míngua de julgamento e cheio de correrias e berraria.

Uma coisa que os últimos tempos têm revelado na vida pública, é que esta está cheia de gente prolífica até à incontinência.

 

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11.5.09

Maltinha houve que ficou abespinhada com o post Momento National Geographic, um atentado à individualidade, à modernidade e independência, à autencidade feminina, dizem-me.

É verdade! E concedo! Não existem mulheres feias! As há bonitas esforçando-se muito, também as há que atingem o objectivo sem grande esforço e por fim aquelas que não se esforçam nada, mas deviam.

E para estas últimas que trocaram o cerébro por uma gaveta de facas, tornando qualquer tipo de conversa numa desagradável limpeza clínica do discurso e numa luta travada de razões, "Vão chatear o Camões!".
 

 

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5.5.09

À rapaziada de ADN enxertado de canídeo, o volante, é a o pior coisa onde pode pôr as patas dianteiras.

Aqui há dias lá tive um a foçar-me o escape, salivava sofrêgo de raios de sol no pêlo, ultrapassou-me numa improvável curva para logo de seguida travar abruptamente, "culpa" dum semáforo com limite de velocidade. Parado atrás do canino abanei a cabeça e jogei com meia duzia de adjectivos e com o facto de São Pedro lhe ter atirado uma bola para os lados da praia, adivinhando-me os pensamentos na sua perspicácia perdigueira, espetou as orelhas e despediu-se de dedo médio esticado fora da janela.

É só rir!

 

 

 

 

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9.4.09

Há rapaziada incapaz de reconhecer a ironia, ainda que esta se vestisse de palhaço, trouxesse uma enorme bandeira vermelha com IRONIA escrita em amarelo acompanhada por um grupo de bombos a ribombar rodeado por um rancho folcórico a cantar "Olaré Ironia Olaré".

 

Depois enchem-se de moralidades e verdades para entrar a pés juntos com julgamentos.

 

Por vezes não há mesmo pachorra!

 

 

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