Honestamente, a boçalidade roça a vida nacional, porque esta está praticamente imóvel, vive o embaraço típico dum adolescente com a bigodaça centenária do pai, ou o look pouco cool da cota, na desonra de mostrarem à namorada as suas fotos de bébé com o orgão de fora. Porque afinal depende deles, baixa os olhos, cala a boca e sorri como só a Mona Lisa alguma vez o fez.
Seja na política, na economia ou no futebol, apenas para referir as mais visíveis nos últimos tempos e sendo mais evidente, de longe, na política todos os dias se assiste ao esticar até ao limite o cabresto da narrativa, dos assomos e da aparência. Uma vez arrecadada a verdade numa torre de marfim, logo se vai bater por ela em discussões cacofónicas, surdas até à última pinga de suor, carregadas até ao ponto de não retorno para cair desamparado de dignidade num curto vexame, porque a memória povo apenas quer recordar o animal a sangrar. Noutras paragens parecem tolerar este tipo de comportamentos, cá é norma, nesta imaturidade cultural, que até à algum tempo chamava de "país em estado selvagem", que agora reformulo num "jardim infantil" e ainda que as crianças sejam o melhor do mundo, está à míngua de julgamento e cheio de correrias e berraria.
Uma coisa que os últimos tempos têm revelado na vida pública, é que esta está cheia de gente prolífica até à incontinência.