Textículo (*) s. m., texto ridículo; texto pequeno. (* não existe no dicionário)
20.11.09

Na fase seguinte, que julgo agora estar a findar (agradecia que alguém me avise se já não findou), foi escolhido apenas um lado da baia para extravazar dos constrangimentos anteriores e a labuta diária. Uiii, é o que não se extravazou, notavelmente, vazou muitos dos cansaços de outrora, diluídos na companhia dos bravos "gauleses" em longas conversas, maratonas etílicas e animadas jantaradas.

 

Esta fase está também marcada pela segunda diáspora, esta global, exagerando um pouco, pelo menos até à cinco minutos atrás nenhum de nós tinha atingido as coordenadas 82°06′S 54°58′E, o lugar mais inacessível da Antartica e o mais frio do planeta, embora concerteza tenhamos ideias de alguém que não desdenharíamos mandar para lá (deixemos a política para outros posts). Os destinos são vários, tantos quantas as razões que lá nos levaram, o importante mesmo, é que o espiríto da malta do parque de baixo renasce, limpa-se, desintoxica-se, renovando a paixão por esse território mental que todos partilhamos e afagamos a cada regresso, mesmo quando semanal.

  

  

Termino aqui esta revisitação do passado com uma frase que ouvi à uns anos dum famoso empreendor norte-americano, "O caminho que se afigura à nossa frente é mais comprido do que aquele já percorrido" e com o brinde pouco consensual mas ubíquo, que será incansavelmente repetido dentro de 72 horas, durante as próximas semanas: Por toda a merda que há-de vir!

 

 

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De Margalhos a 20 de Novembro de 2009 às 16:02
- Por toda a merda que há-de vir!

Ainda lembro aquele rapaz que outrora se procurava e se procurava definir no grupo de "gandis" a que desde sempre soube pertencer e que hoje relata na mais bela prosa esse mesmo caminho já percorrido e na infidavel companhia daquele outro que nos ainda falta percorrer.

O que para alguns se torna um opiaceo - as reminiscências mnésicas, têm-se tornado em nós um jardim fecundo de amizades.

«Tive amigos que morriam, amigos que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-te na luz, no mar, no vento.» Sophia de Mello Breyner

Nota de imprensa de última hora, na próxima 2ª feira será emitido um alerta vermelho para a Região de Lisboa e Vale do Tejo, com maior incidência no inicio da noite e com tendência a se arrastar nos próximos dias. Pede-se á população, especialmente aqueles que não se sabem divertir, que não saiam á rua. Aos restantes:

«Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero.» Horácio



De texticulos a 20 de Novembro de 2009 às 16:14
Kom kariakas, isso tudo!? :)

De Margalhos a 20 de Novembro de 2009 às 16:20
"O caminho que se afigura à nossa frente é mais comprido do que aquele já percorrido", certo??
Então ainda muito mais haverá para dizermos...
Faz o favor de te divertires!!!

De texticulos a 20 de Novembro de 2009 às 16:22
Mas tinhas de o escrever em merovíngio?! :P

De Margalhos a 20 de Novembro de 2009 às 16:26
A bem da verdade e com o "Luis Vaz" como companhia, cá vai em lusitana expressão tão certas palavras de Horácio...
«Tu não procures - não é lícito saber - qual sorte a mim qual a ti os deuses tenham dado, Leuconoe, e as cabalas babiloneses não investigues. Quão melhor é viver aquilo que será, sejam muitos os invernos que Júpiter te atribuiu, ou seja o último este, que contra a rocha extenua o Tirreno: sê sábia, filtra o vinho e encurta a esperança,
pois a vida é breve. Enquanto falamos, terá fugido
ávido o tempo: Colhe o instante, sem confiar no amanhã.»