Para coroar um fim-de-semana já de si um pouco mortiço, dou por mim envolvido numa situação de trânsito que quase deu para o torto e que não provoquei.
Agora que estou mais calmo passo a explicar, um filho duma leiteira da estrada de Coina achou por bem ultrapassar-me à má-fila e atirarando-me para a berma da estrada, certamente para salvar da forca o bovino progenitor, não contente com façanha põe-se de seguida a andar devagar à minha frente espreitando pelo retrovisor, devido ao peso dos arganéis que lhe pendiam das orelhas mal se via acima do encosto do banco e ainda assim vislumbrou o meu sinal de que deveria um tanto à inteligência. Parou o carro e ameaçou sair, a contragosto lá tive de abrir a porta e preparar-me para dar ou levar, nem me deu tempo de lhe mandar uma laracha à idoneidade maternal, o pendura da viatura agarrou-o pelo braço e convenceu-o a irem-se embora.
Afinal havia inteligência naquele automóvel para além da cabeça do motor e isto não é um elogio só para o caso de vires cá ler este post. E agora já estou calmo!