Com maior ou menor surpresa, alguns(as) cabeças-de-série foram caindo na primeira semana. É normal, uns tropeções e o início de época explicam o resto. Tem havido muitos bons jogos, e no quadro feminino prevê-se, deseja-se uma final "à antiga" entre Justine e Serena, já no quadro masculino a história é outra. O jogo entre Murray e Nadal estava em vias de se tornar num épico, interrompido pelo fogo de artíficio dos festejos do Australia Day, foi talvez o prenúncio de algo. O espanhol cujo talento aliado à disponibilidade física,se tornou num tenista quase imbatível, foi impedido de continuar em competição pela malvada e persistente lesão no joelho, que por não ser a primeira vez, não augura nada de bom. Infelizmente!
Não desdenhado os outros tenistas, uma final entre Federer e Nadal é sempre outra coisa, por mais que já os tenhamos visto, cada embate entre eles é mais uma frase escrita na história, ora porque o suiço venceu a sua Némesis, ora porque o espanhol desmistificou a origem divino-tenística do Federer, tal como escrevi aqui à um ano na derrota de Federer na Rod Laver Arena: «Dar-te-ei um talento incrível com o qual irás pairar onde outros tropeçarão, perfumarás de elegância os terrenos que outros suarão de labor. Mas cobrar-te-ei na forma dum rival contra o qual a tua destreza será insuficiente, contra o qual terás de arquitectar habilidades, conquanto a tua ambição o permita».
Espero que recupere, porque tal como já disse que depois de ver o Federer ganhar, a coisa que mais gosto, é vê-lo perder frente ao Nadal. Vamos tio!