Regressei aos arrabaldes de Lisboa, até ver e voltei a manifestar-me no digital, a ver vamos.
Estou farto de aeroportos, da rotina tira sapatos, cinto e relógio, esvazia bolsos e já agora a próstata. Aprende a respeitar a autoridade de agentes grosseiros, com o intelecto de paralelos de calçada. Estou farto de altifalantes onde soam sentenças inócuas sobre segurança, ditas naquela ubíqua voz feminina "quero-lamber-o-microfone", que inspira uma alegoria de risco e nos torna docilmente obedientes.
E arrastado o esqueleto para terras lusas vindo dos states. Cá como lá, deduzo que Dali ou Ionesco conceberam o governo, no mínimo alguém com feitio tortuoso munido dum sentido de humor doentio. Mas lá eles tem um plano, tornarem-se inimigos de todos os que tem petróleo ou armas nucleares. E para já fico-me por aqui...